A Justiça Eleitoral de Minas Gerais acolheu, nesta sexta-feira (25), uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE-MG) contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e outros três nomes ligados ao Partido Liberal no estado. A decisão pode resultar na cassação de mandatos e na inelegibilidade por até oito anos.
Além de Nikolas, foram denunciados:
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Bruno Engler (PL-MG): deputado estadual e candidato à prefeitura de Belo Horizonte em 2024
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Delegada Sheila (PL-MG): deputada estadual
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Cláudia Araújo Romualdo: presidente do PL-Mulher em Minas Gerais e candidata a vice-prefeita na chapa de Engler
A decisão é assinada pelo juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, e determina que os acusados apresentem defesa no prazo de 10 dias.
Segundo o Ministério Público, os denunciados usaram redes sociais para divulgar informações falsas contra o então prefeito Fuad Noman (PSD), que tentava a reeleição na capital mineira.
As postagens, segundo o MP, tinham o objetivo de prejudicar a imagem do candidato e favorecer Engler, adversário no segundo turno. Noman venceu a eleição, mas faleceu em março de 2025, vítima de um câncer.
Caso sejam condenados, os envolvidos poderão ser obrigados a pagar indenizações, além de perderem seus direitos políticos, o que implicaria cassação de mandatos atuais e inelegibilidade até 2032.
Pronunciamento de Nikolas Ferreira
Após a repercussão da denúncia, Nikolas Ferreira se pronunciou em seu perfil no X (antigo Twitter), no dia 8 de julho de 2025:
“Estão querendo cassar os meus direitos políticos por que fiz rachadinha? Por que coloquei dinheiro na cueca? Por que quebrei estatais? Não! Estão querendo me deixar inelegível porque denunciei um livro pornográfico do antigo prefeito de Belo Horizonte. Uai, não posso falar e denunciar mais não? É muita coincidência que só parlamentares de direita são perseguidos neste país”, publicou o deputado.