Manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro mobilizaram milhares de pessoas em diversas regiões do Brasil no último domingo (3). Com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pedidos de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, os protestos ocorreram em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador, além de cidades do interior.
Apesar da ampla mobilização, Bolsonaro não compareceu por conta das medidas cautelares impostas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que o impediam de sair de casa nos fins de semana e exigiam o uso de tornozeleira eletrônica.
Mesmo sem presença física nos atos, a participação de Jair Bolsonaro nas manifestações do último domingo (3), por meio das redes sociais de aliados, foi interpretada como violação das medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, o ex-presidente passa a cumprir prisão domiciliar.
Multidão toma a Avenida Paulista
Em São Paulo, a manifestação foi organizada pelo pastor Silas Malafaia e concentrou cerca de 37,6 mil pessoas na Avenida Paulista, segundo levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap, em parceria com a ONG More in Common. O número é três vezes maior que o registrado na manifestação anterior, em junho.
Durante o ato, faixas com críticas ao STF e clamores por anistia aos presos do 8 de janeiro foram erguidas. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) esteve presente.
Copacabana recebe ato liderado por Flávio Bolsonaro
Na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, o protesto contou com a presença de Flávio Bolsonaro, que discursou e colocou o pai brevemente no viva-voz para os manifestantes. O governador do estado, Cláudio Castro (PL), também participou.

Ações se espalham por outras capitais
Em Vitória (ES), manifestantes cruzaram a Terceira Ponte com críticas ao STF e ao presidente Lula. Já em Salvador (BA), o movimento “Reaja Brasil” tomou a orla da Barra logo cedo, com apoio de políticos do Partido Liberal (PL) e uso de trio elétrico.
“Queremos justiça para os patriotas presos injustamente”, dizia um cartaz erguido por manifestantes na Bahia.
Em Fortaleza (CE), os protestos começaram com carreata e seguiram à tarde na Praça Portugal, com bandeiras do Brasil, dos EUA e de Israel. Já em Recife (PE), o grupo se reuniu em Boa Viagem, pedindo anistia e manifestando apoio ao presidente americano Donald Trump.
Em Manaus (AM), o ato ocorreu na orla da Ponta Negra com a presença de deputados estaduais e federais do PL. Apoiadores caminharam por um dos principais pontos turísticos da cidade.
Na capital mineira, Belo Horizonte, o protesto aconteceu na Praça da Liberdade contou com os deputados Nikolas Ferreira e Bruno Engler, ambos do PL. Em Brasília (DF), os manifestantes ocuparam o Eixão Sul, com cartazes contra Alexandre de Moraes e Lula.
Na cidade de Campo Grande (MS), manifestantes bloquearam vias pedindo impeachment do ministro do STF. Em Aracaju (SE), o ato percorreu a Orla da Atalaia, com buzinaço e gritos contra o governo federal.
Já em Porto Alegre (RS), faixas em português e inglês pediam o fim da suposta “ditadura do Supremo”. Em Belém (PA), a manifestação contou com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e políticos do PL.
Confira foto dos manifestantes na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro:

Apoio se estende a cidades do interior
Além das capitais, cidades como Araçatuba, São José do Rio Preto, Bauru, Uberlândia e Criciúma também registraram mobilizações. Em Florianópolis, o vereador Carlos Bolsonaro participou de dois atos: um pela manhã no sul catarinense e outro previsto para a tarde na capital.
As manifestações, marcadas por roupas verde-amarelas, bandeiras do Brasil e dos EUA, além de discursos religiosos e políticos, reuniram apoiadores de Bolsonaro em dezenas de pontos pelo país. Apesar da ausência física do ex-presidente, seus aliados estiveram presentes para fortalecer o movimento e manter o discurso de oposição ao Supremo e ao atual governo.