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General Paulo Chagas critica sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes: “vergonha global”

Militar da reserva responsabiliza omissão interna por medidas da Lei Magnitsky contra o ministro do STF

O general da reserva Paulo Chagas criticou publicamente as sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Em publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (31), ele classificou o episódio como uma “vergonha global” e atribuiu o cenário atual à “omissão” das instituições brasileiras diante do que chamou de “ímpetos autoritários” do magistrado.

“Se hoje o Brasil passa a vergonha global de ter um juiz de sua Suprema Corte colocado ao lado de gente como o ditador da Belarus e os responsáveis pelo assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, é graças a uma outra vergonha, ainda maior: a omissão, quando não o aplauso, de todos os que poderiam ter freado os ímpetos autoritários de Moraes e não o fizeram”, escreveu o general, que foi candidato ao Governo do Distrito Federal em 2022.

A crítica ocorre após a aplicação da Lei Magnitsky por parte do governo dos Estados Unidos, ainda sob gestão de Donald Trump.

A medida inclui o nome de Alexandre de Moraes no sistema do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, órgão responsável pela execução de programas de sanções econômicas. A inclusão também foi registrada no site do Departamento do Tesouro norte-americano.

Na prática, a sanção implica o bloqueio de bens e contas bancárias eventualmente ligadas ao ministro em território ou instituições dos EUA.

Chagas também ironizou a expectativa de ajuda externa para resolver a situação política no Brasil. “Não será uma cavalaria em branco, azul e vermelho que devolverá a democracia ao país”, afirmou.

Apesar da tensão diplomática, o governo norte-americano recuou parcialmente no campo econômico. Um tarifaço anunciado anteriormente foi reduzido: a taxa de 50% foi mantida, mas a lista de itens afetados teve cortes.

Segundo a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), a decisão pode “poupar” 43,4% das exportações brasileiras. Ao todo, foram concedidas 694 exceções.

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