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Vereador propõe “Lei anti-Anitta” para vetar verba pública em shows com conteúdo erótico

Projeto de lei em Curitiba busca proibir o uso de recursos públicos em eventos com nudez ou simulação de atos sexuais. Proposta gera polêmica e reacende debate sobre liberdade artística

O vereador Guilherme Kilter, de Curitiba, apresentou um projeto de lei que propõe vetar o uso de dinheiro público em shows e eventos que contenham conteúdo considerado erótico, pornográfico ou impróprio para menores de idade.

Apelidada de “Lei anti-Anitta”, a proposta ganhou repercussão nacional ao citar performances da cantora como exemplo de espetáculos que, segundo o parlamentar, não deveriam receber recursos públicos. O texto define como passíveis de veto apresentações com nudez, simulações de atos sexuais ou gestos de conotação explícita.

Caso a regra seja descumprida, o projeto prevê o cancelamento imediato do contrato e multa equivalente a 100% do valor pago, com os recursos destinados ao Fundo Municipal para a Criança e o Adolescente (FMCA).

A proposta, segundo Kilter, tem como objetivo “proteger crianças e adolescentes de conteúdos inapropriados financiados com verba pública”. No entanto, críticos apontam que a medida pode abrir brechas para censura artística e restrições à liberdade de expressão, principalmente em eventos culturais de caráter popular.

O projeto ainda está em análise na Câmara Municipal de Curitiba e precisa passar por votação antes de ser aprovado ou rejeitado. Enquanto isso, o tema gerou forte repercussão nas redes sociais, com opiniões divididas entre os que defendem o controle do uso de verba pública e os que veem a proposta como uma forma de moralismo e retrocesso.

A polêmica reacende o debate sobre o papel do Estado no financiamento da cultura e sobre os limites entre liberdade artística e responsabilidade social. Especialistas lembram que o financiamento público de eventos culturais está amparado por leis de incentivo e que o conteúdo artístico deve ser avaliado com base em critérios técnicos, não morais.

Independentemente do resultado da votação, a “Lei anti-Anitta” já se tornou símbolo de uma disputa mais ampla entre visões conservadoras e progressistas sobre o que deve — ou não — ser apoiado com recursos públicos no Brasil.

José Elias

José Elias Mendes, mais conhecido como Dolfo, já foi reconhecido pelo ranking Top 10 Jornalistas Brasileiros do LinkedIn. Por lá, fala um pouquinho de tudo e está sempre aberto a conversar. Por aqui, atua como repórter para o site do OCorre News.

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