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Trump processa ‘The New York Times’ em R$ 79 bilhões por difamação

Presidente dos EUA afirma que veículo agiu como "porta-voz democrata" e incluiu acusações contra repórteres e editora em ação judicial

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou com um processo de US$ 15 bilhões (cerca de R$ 79 bilhões) contra o jornal ‘The New York Times’, alegando difamação e calúnia. A ação, movida na Flórida, também envolve quatro repórteres e a editora Penguin Random House.

O anúncio foi feito por Trump em uma rede social nesta terça-feira (16) e, mais tarde, confirmado pela agência de notícias ‘Reuters’.

De acordo com a ‘Reuters’, que teve acesso ao processo, Donald Trump contesta uma série de artigos do veículo, incluindo um editorial publicado antes das eleições presidenciais de 2024. O texto afirmava que ele não seria apto para ocupar novamente a Casa Branca.

Além disso, o republicano também cita um livro lançado em 2024 pela Penguin Random House, intitulado ‘Perdedor Sortudo: Como Donald Trump Desperdiçou a Fortuna do Pai e Criou a Ilusão de Sucesso’.

Declarações de Trump

Na publicação em que revelou a ação judicial, Trump criticou duramente o jornal:

“O Times se envolveu, por décadas, em um método de mentiras sobre o seu Presidente Favorito (eu), minha família, meus negócios, o movimento America First, o MAGA (Make America Great Again), e nosso país como um todo”.

Ele ainda afirmou que o ‘The New York Times’ se tornou um “porta-voz do partido democrata” e acusou o veículo de apoiar sua adversária nas eleições de 2024, Kamala Harris.

Danos alegados

Segundo os advogados do presidente dos EUA, as publicações causaram prejuízos econômicos significativos, afetando tanto sua marca pessoal quanto suas perspectivas financeiras futuras.

Nos últimos meses, o jornal também publicou reportagens sobre o suposto vínculo de Trump com Jeffrey Epstein, o que teria motivado a decisão do republicano de levar o caso à Justiça. Até o momento, o ‘The New York Times’ não comentou as declarações de Trump.

The New York Times
Foto: Divulgação

Trump e o caso Epstein

O nome de Trump voltou a ser relacionado ao caso Epstein após a divulgação de documentos e cartas atribuídas ao bilionário, que mantinha conexões com políticos, empresários e artistas influentes.

Jeffrey Epstein foi um financista norte-americano acusado de comandar uma rede de exploração sexual que envolvia o aliciamento de dezenas de meninas menores de idade entre os anos 2000 e 2005.

Em 2008, fez um acordo judicial e cumpriu pena reduzida por prostituição de menores, mas o caso voltou à tona em 2019, quando foi preso novamente por tráfico sexual. Dias depois, foi encontrado morto em sua cela, oficialmente por suicídio.

Em fevereiro deste ano, parte dos registros foi publicada pelo governo, incluindo voos nos quais Trump teria viajado ao lado de Epstein nos anos 1990. Apesar disso, Trump não é investigado no processo.

O republicano já havia processado o ‘Wall Street Journal’ por publicar supostas cartas enviadas a Epstein, pedindo uma indenização de US$ 10 bilhões (mais de 53 bilhões de reais).

Durante a campanha de 2024, Trump prometeu divulgar uma lista de nomes ligados ao caso Epstein, mas documentos oficiais apontam que não existe qualquer lista de clientes nos registros. A mudança de discurso irritou parte de sua base eleitoral, que cobra a divulgação de informações completas sobre a rede de exploração sexual liderada pelo bilionário.

Maysa Vilela

Jornalista curiosa por natureza, com mais de 10 anos de estrada, movida por conexões fortes, viagens e boas histórias. Acredita que ouvir é o primeiro passo pra escrever com propósito. No Ocorre News, segue conectando pessoas através das palavras.

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