O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (14) que pretende impor tarifas “muito severas” à Rússia caso não seja fechado um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia nos próximos 50 dias.
As tarifas, que ele chamou de “tarifas secundárias”, seriam de aproximadamente 100%. “Você sabe o que isso significa”, disse Trump, sem detalhar.
Um funcionário da Casa Branca explicou à CNN que o termo se refere a tarifas de 100% sobre produtos russos e sanções secundárias a outros países que comprem petróleo russo.
Trump declarou que o comércio pode ser “ótimo para resolver guerras” e reforçou estar decepcionado com o presidente russo, Vladimir Putin, afirmando que acreditou ter um acordo “cerca de quatro vezes” desde o início do conflito.
“Tenho ouvido muita conversa, e então mísseis atingem Kiev e matam 60 pessoas. Isso tem que parar”, afirmou.
As declarações foram feitas na Casa Branca, ao lado do secretário-geral da Otan, Mark Rutte.
Trump minimizou a necessidade de aprovação no Congresso para novas sanções, embora tenha elogiado o projeto em discussão no Senado, que permitiria tarifas de até 500% para países que importam petróleo, gás e urânio da Rússia. Segundo ele, uma tarifa de 100% “teria o mesmo efeito”.
O presidente disse que os legisladores estão trabalhando para lhe dar “controle total” sobre as medidas, mas não vê urgência. “Eles farão isso tão rapidamente quanto eu precisar”, disse, prevendo uma aprovação “com muita facilidade”.
Trump fala de envio de armas à Otan
Trump também anunciou que os Estados Unidos enviarão armamento de ponta à Otan para apoiar a Ucrânia, incluindo baterias de mísseis Patriot que devem chegar “nos próximos dias”.
Ele garantiu que os custos serão cobertos pelos países aliados, e não pelos contribuintes americanos.
Segundo Mark Rutte, o envio incluirá outros sistemas além do Patriot, ampliando o suporte militar à Ucrânia.