A Rússia realizou na madrugada desta terça-feira (19) o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde julho, de acordo com informações da Força Aérea ucraniana. Segundo o comunicado, cerca de 270 drones e 10 mísseis foram lançados contra diferentes regiões do país.
Segundo informações da ‘CNN’, o ataque ocorreu enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebia em Washington o líder ucraniano Volodymyr Zelensky e representantes europeus.
Impactos dos bombardeios
Dos armamentos disparados, quatro mísseis e 16 drones conseguiram atravessar as defesas aéreas ucranianas. As ofensivas deixaram oito mortos e 54 feridos em 24 horas, segundo autoridades locais.
Na região de Donetsk, cinco pessoas morreram em cidades situadas atrás das linhas de frente. Já em Zaporizhzhia, três pessoas perderam a vida e outras 33 ficaram feridas. Houve ainda registros de civis atingidos em Kharkiv, Kherson, Dnipropetrovsk e Nikopol.
O administrador militar regional de Poltava, Volodymyr Kohut, informou que 1.471 residências e 119 empresas ficaram sem energia após o que classificou como um “ataque massivo” contra a região.

O avanço da guerra
A invasão russa à Ucrânia começou em fevereiro de 2022. Atualmente, Moscou controla cerca de 20% do território ucraniano. Ainda naquele ano, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os combates seguem concentrados principalmente no leste, onde as tropas russas avançam de forma gradual. Apesar das pressões internacionais, Moscou não dá sinais de recuar em seus objetivos estratégicos.
Enquanto isso, Kiev intensifica operações militares dentro da Rússia, alegando que os ataques miram infraestruturas estratégicas do Exército russo. Moscou, por sua vez, amplia o uso de drones e mísseis em ofensivas aéreas.
Ambos os lados negam atacar civis, mas milhares de pessoas já morreram desde o início do conflito, sendo a maioria ucranianos. Estima-se também que milhares de soldados tenham perdido a vida, embora nenhum dos países divulgue números oficiais de baixas militares.
De acordo com os Estados Unidos, 1,2 milhão de pessoas já foram mortas ou feridas na guerra.
