A Justiça do Trabalho de São Paulo determinou que a TV Record e o ex-diretor de Recursos Humanos da emissora, Márcio Santos, indenizem o jornalista Elian Matte em R$ 500 mil por assédio sexual. O profissional havia solicitado R$ 3 milhões, mas o valor fixado pela juíza Solange Aparecida Galle, da 31ª Vara, foi menor. A sentença ainda pode ser contestada.
Como o caso começou
Segundo relatos, o assédio teve início em 2022, quando Matte foi transferido para a equipe de Roberto Cabrini, então apresentador do ‘Câmera Record’.
O jornalista afirma que o ex-diretor marcou encontros em sua sala e enviou mensagens de teor sexual pelo WhatsApp, cujos prints foram anexados ao boletim de ocorrência.
Dois anos depois, em 2024, pouco após formalizar a denúncia, o repórter foi demitido da emissora. Ele também relatou que o ex-diretor acompanhava sua rotina por meio do sistema de câmeras internas, acessado via aplicativo de celular.
Veja fotos do antigo diretor de RH da Record TV, Márcio Santos, e do jornalista que sofreu assédio sexual:

Decisão judicial
Na decisão, a magistrada destacou que a empresa “se preocupou apenas com eventuais consequências jurídicas a si própria,
sem qualquer demonstração de zelo pela integridade física ou emocional do trabalhador, que foi atingido em sua dignidade”.
Além da indenização, os advogados de Matte pediram sua reintegração ao quadro de funcionários, mas o pedido foi negado sob a justificativa de que não havia condições adequadas para o retorno.
Consequências para o ex-diretor
Após a denúncia, Márcio Santos foi desligado da Record e também proibido de frequentar a Igreja Universal do Reino de Deus.