A disputa pela herança de Cid Moreira, ex-apresentador do ‘Jornal Nacional’, ganhou um novo e polêmico capítulo. Um laudo grafotécnico apresentado nesta semana à Justiça concluiu que as assinaturas presentes no testamento do jornalista não seriam autênticas.
O documento, contratado pelos filhos Roger Felipe Naumtchyk e Rodrigo Moreira, foi elaborado pelo perito Cláudio da Silva Cordeiro e aponta incompatibilidade gráfica com as assinaturas originais de Cid, além de indícios de tremores e oscilações que poderiam estar associados à idade avançada (o comunicador tinha 97 anos à época), doenças neurológicas degenerativas ou até efeito de medicamentos.
O conteúdo do testamento
O testamento deixado por Cid Moreira deserdava os filhos e direcionava todo o patrimônio à viúva, Fátima Sampaio. O documento está sendo contestado judicialmente, sob a alegação de que a viúva teria se beneficiado indevidamente da fortuna do ex-âncora.
Segundo os filhos, Fátima teria vendido 11 dos 18 imóveis do apresentador, transferido R$ 40 milhões para o exterior e mantido Cid em cárcere privado. Eles chegaram, inclusive, a pedir a interdição do pai antes de sua morte, ocorrida em 3 de outubro de 2024.
Veja uma foto de Cid Moreira com a esposa Fátima Sampaio:
Detalhes do laudo
Segundo informações de Fabíola Oliveira, colunista do ‘Portal R7’, o perito afirma no documento: “Os traços apresentam padrões gráficos compatíveis com grafismo senil e debilitado”.
O profissional acrescenta que as assinaturas mostram características que não condizem com um grafismo natural, sugerindo que a pessoa que assinou poderia não estar em plenas condições físicas e mentais.
Além disso, o especialista recomenda que a Justiça realize novas perícias grafotécnicas e médicas, comparando as assinaturas contestadas com outros registros autênticos de Cid Moreira, e defende a suspensão do testamento até a conclusão das investigações.
Próximos passos
A Justiça deve avaliar as recomendações do laudo e decidir se serão realizadas novas análises. Enquanto isso, a disputa pela herança milionária segue em aberto, com acusações e indícios que podem mudar totalmente o destino dos bens deixados por um dos maiores nomes do jornalismo brasileiro.
