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Netflix revela que cena de série de sucesso foi feita com IA generativa

Produção argentina baseada em HQ clássica teve colapso de prédio recriado por IA para reduzir custos e acelerar prazo

A Netflix utilizou inteligência artificial generativa na produção de O Eternauta, série argentina baseada em uma famosa revista em quadrinhos. A revelação foi feita nesta quinta-feira (17) pelo co-CEO Ted Sarandos, que explicou que a tecnologia foi aplicada na filmagem final da obra.

Segundo o executivo, o recurso foi usado em uma cena que mostra o colapso de um edifício em uma Buenos Aires fictícia, sendo considerado a solução ideal para viabilizar o efeito especial dentro das limitações orçamentárias.

“O custo da produção dos efeitos visuais da cena não seria viável para um show com esse orçamento”, afirmou.

Sarandos destacou que a cena criada com IA foi finalizada dez vezes mais rápido do que seria com ferramentas tradicionais de efeitos visuais. “Todos ficaram entusiasmados com o resultado gerado com a IA”, disse, durante a apresentação dos resultados financeiros do trimestre.

O executivo reforçou que a reação também foi positiva junto ao público. “Mais importante ainda: a audiência ficou entusiasmada com o resultado. Então, se essas ferramentas estão ajudando criadores a expandir as possibilidades de criação de narrativas na tela, isso é infinitamente emocionante”, completou.

O uso de IA no entretenimento é um tema controverso e foi um dos principais pontos de tensão durante a greve dos atores de Hollywood em 2023. A tecnologia também já provocou reações negativas em outras produções, como na série Invasão Secreta, da Disney+.

O Eternauta antes da Netflix

O Eternauta é uma das histórias em quadrinhos mais icônicas da Argentina, criada por Héctor Germán Oesterheld e ilustrada por Francisco Solano López, publicada originalmente entre 1957 e 1959.

A trama acompanha Juan Salvo e um grupo de sobreviventes em uma Buenos Aires tomada por uma nevasca mortal, consequência de uma invasão alienígena.

A obra é reconhecida por seu subtexto político, metáforas sobre opressão e resistência, e se tornou um marco cultural latino-americano, sendo adaptada diversas vezes para outras mídias.

José Elias

José Elias Mendes, mais conhecido como Dolfo, já foi reconhecido pelo ranking Top 10 Jornalistas Brasileiros do LinkedIn. Por lá, fala um pouquinho de tudo e está sempre aberto a conversar. Por aqui, atua como repórter para o site do OCorre News.

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