A influenciadora e ativista Mikayla Raines, de 29 anos, morreu nos Estados Unidos. Famosa pelo trabalho em defesa de raposas resgatadas de fazendas de pele, ela fundou em 2019 o santuário Save a Fox, em Minnesota, que se tornou referência internacional.
A informação foi confirmada por seu marido, Ethan, em um vídeo publicado na segunda-feira (23).
Com mais de 570 mil seguidores no Instagram e 2,4 milhões de inscritos no YouTube, Mikayla ganhou projeção mundial ao compartilhar vídeos mostrando o resgate, reabilitação e convivência com raposas. Sua missão, dizia ela, era “resgatar raposas da crueldade das fazendas de peles”.
No vídeo de mais de dez minutos, Ethan revelou que a esposa tirou a própria vida após anos de perseguições virtuais. Ele afirmou que Mikayla sofria com uma “campanha de bullying online”, inclusive por parte de pessoas ligadas a outros santuários de animais.
“Ela estava no espectro do autismo e, embora isso tornasse sua vida muito difícil, permitia que ela se concentrasse intensamente em uma coisa, que obviamente eram os animais”, contou.
Segundo Ethan, essa sensibilidade fazia dela alguém com empatia infinita pelos bichos, mas também a deixava vulnerável às críticas e ataques recebidos nas redes sociais. “Ela levou tudo o que era negativo a sério e sentiu como se o mundo inteiro tivesse se voltado contra ela”, desabafou.
O marido descreveu Mikayla como “uma das pessoas mais altruístas” que já conheceu. “Ela nunca buscou fama, dinheiro ou ganho pessoal. Tudo o que fazia era pelos animais”, acrescentou.
Repercussão da morte de Mikayla Raines
A morte causou comoção entre fãs e admiradores do trabalho da ativista. Centenas de mensagens de pesar foram publicadas em suas páginas oficiais.
“Uma alma tão vibrante e linda. Sentiremos muita falta de você”, escreveu uma seguidora. “Você fez muito mais do que qualquer outro ser humano já fez pelas raposas. Obrigada. Você foi uma mulher incrível”, disse outra.
O caso reacende debates sobre os efeitos do cyberbullying em influenciadores e ativistas, especialmente em causas que envolvem exposição constante ao público.