O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (8) que Israel e Hamas assinaram a primeira fase de um acordo de paz voltado para encerrar o conflito na Faixa de Gaza. O comunicado foi feito por meio da plataforma Truth Social, utilizada com frequência pelo republicano para divulgar informações oficiais.
Segundo Trump, todos os reféns serão libertados “em breve” e Israel deve retirar suas tropas até uma “linha acordada”. O presidente, porém, não detalhou quando a libertação ocorrerá nem a localização exata dessa linha mencionada.
Libertação dos reféns pode acontecer no fim de semana
Uma fonte ouvida pela ‘CNN’ afirmou que os reféns devem ser soltos entre sábado (11) e domingo (12). A informação ainda não foi confirmada oficialmente pelos governos envolvidos.
Trump celebrou o acordo como “os primeiros passos em direção a uma paz forte e duradoura”.
Em sua publicação, reforçou o papel dos mediadores internacionais e destacou a relevância do momento. Lembrando que o pacto de paz foi mediado por Catar, Egito e Turquia.

“Um grande dia para o mundo árabe e muçulmano”, diz Trump
Em tom otimista, o presidente norte-americano declarou:
“Todas as partes serão tratadas com justiça! Este é um GRANDE Dia para o Mundo Árabe e Muçulmano, para Israel, para todas as nações vizinhas e para os Estados Unidos da América.
E agradecemos aos mediadores do Catar, Egito e Turquia, que trabalharam conosco para que este evento histórico e sem precedentes acontecesse.”
Mais cedo, Trump havia dito que poderia viajar ao Oriente Médio, caso as negociações avançassem, e mencionou a possibilidade de visitar o Egito nos próximos dias.
Caminho para uma paz duradoura em Gaza
A assinatura da primeira fase do acordo é vista como um passo inicial nas tentativas de estabilizar a região, marcada por anos de tensões entre Israel e o grupo Hamas.
Embora os detalhes do pacto ainda não tenham sido revelados, a libertação dos reféns e a retirada parcial das tropas são consideradas medidas essenciais para construir confiança entre as partes.
Confira abaixo a publicação feita por Donald Trump:
‘Plano de Paz’ de Trump para Gaza é criticado nas redes sociais
O ‘Plano de Paz’ anunciado por Donald Trump para o fim dos conflitos em Gaza tem gerado bastante repercussão nas redes sociais.
“Isso que foi apresentado pelo Netanyahu e pelo Trump na casa branca não é um acordo de paz e muito menos de cessar fogo. Trata-se de um acordo de rendição apresentado pelos EUA que ou o Hamas aceita ou Israel tem carta branca para finalizar a população de Gaza”, disse Biazita Gomes.
“Trump se reuniu com Netanyahu e anunciou ‘Plano de Paz’ em Gaza. Resumo: palestinos entregam o território, os reféns, as armas, pedem desculpas e agradecem por Israel não pedir indenização. Em troca Israel promete deixar entrar comida e não destruir o pouco que sobrou de Gaza”, declarou Pedro Ronchi no ‘X’.
“O ‘plano de paz’ de Trump para Gaza prevê um ‘Conselho da Paz’ liderado por Trump e que incluirá o ex-premier britânico e atual lobista Tony Blair. É uma exigência de rendição às potências coloniais. Trump virou o maior ‘amigo de Israel’, diz Netanyahu”, comentou Guga Noblat.