O foguete Starship 36, da SpaceX, explodiu na noite de terça-feira (18) durante um teste estático realizado em Starbase, no Texas (EUA).
O incidente ocorreu por volta das 23h no horário local (1h de Brasília) e foi classificado pela empresa como resultado de “uma anomalia grave”.
O veículo, que estava em fase de preparação para futuras missões orbitais, realizava um procedimento de ignição de motores quando a falha aconteceu.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram uma bola de fogo de grandes proporções, acompanhada por coluna densa de fumaça e tremores sentidos em residências vizinhas.
De acordo com a SpaceX, toda a equipe envolvida estava fora da zona de risco previamente demarcada, e por isso não houve feridos nem ameaça imediata às comunidades próximas.
Ainda assim, moradores relataram susto com a intensidade da explosão e o impacto acústico que atingiu casas próximas à base de lançamentos.
A companhia de Elon Musk confirmou que o protótipo foi completamente destruído e que já iniciou, em conjunto com autoridades locais, uma operação de contenção e investigação para apurar as causas da falha.
O objetivo é entender se o problema decorreu de falha técnica nos motores, erro operacional ou imprevistos relacionados ao combustível.
O episódio pode representar um atraso no cronograma da empresa, que prevê para o dia 29 de junho o décimo voo de teste do Starship, considerado peça-chave no projeto de exploração espacial da SpaceX, incluindo planos de levar astronautas à Lua e, futuramente, a Marte.
Apesar do contratempo, especialistas destacam que falhas em testes estáticos são comuns no desenvolvimento de veículos espaciais de grande porte e fazem parte do processo de aprimoramento.
A própria SpaceX acumula histórico de explosões em protótipos anteriores, o que não impediu avanços significativos no desempenho do foguete.
O Starship é considerado o maior e mais poderoso foguete já construído, projetado para missões totalmente reutilizáveis.
Com capacidade para transportar mais de 100 toneladas de carga à órbita terrestre, o veículo é peça central nos contratos da SpaceX com a NASA para o programa Artemis, que pretende devolver astronautas à superfície lunar até o fim da década.
Enquanto as equipes trabalham na análise dos destroços, a expectativa é de que a empresa divulgue um relatório preliminar nos próximos dias. Até lá, permanece a incerteza sobre os impactos no cronograma e nas futuras missões do programa.