A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, convidou Fernanda Torres para se tornar um de seus membros.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (26), em lista que inclui outros 534 artistas e profissionais da indústria cinematográfica de todo o mundo, entre eles, mais brasileiros.
São os membros da Academia, atualmente mais de 10 mil profissionais, que votam para definir os indicados e os vencedores do Oscar.
Fernanda Torres foi indicada ao prêmio de Melhor Atriz em março deste ano por sua atuação em Ainda Estou Aqui. O convite para integrar a Academia costuma ser feito a artistas já indicados à premiação, embora não seja uma regra obrigatória e possa, inclusive, ser recusado.
A lista deste ano mostra que nem todos os indicados são convidados. A atriz Karla Sofía Gascón, que também concorreu a Melhor Atriz em meio a uma campanha marcada por polêmicas, não aparece entre os nomes divulgados.
O convite a Fernanda Torres reforça o reconhecimento internacional de uma carreira que acumula papéis marcantes no cinema, no teatro e na televisão brasileira.
Fernanda Torres
Fernanda Torres é um dos nomes mais respeitados da dramaturgia brasileira, com uma trajetória que atravessa cinema, teatro e televisão.
Filha de Fernanda Montenegro e Fernando Torres, construiu carreira própria, marcada por papéis que transitam entre a comédia afiada e o drama intenso.
Reconhecida pelo público e pela crítica, já coleciona prêmios nacionais e internacionais, além de ter publicado livros e mantido forte presença como cronista.
Em 2024, a atriz viveu um marco na carreira com sua atuação em Ainda Estou Aqui, filme dirigido por Walter Salles e baseado no livro de memórias de Marcelo Rubens Paiva.
No longa, ela interpreta Eunice Paiva, viúva do deputado Rubens Paiva, sequestrado e assassinado pela ditadura militar brasileira.
A atuação comovente e precisa rendeu a Fernanda sua primeira indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Atriz, colocando seu nome no centro do circuito internacional de premiações.
O papel em Ainda Estou Aqui foi elogiado pela sensibilidade com que Fernanda construiu a personagem, transmitindo o peso histórico e emocional de uma mulher que transformou dor em luta por justiça.
A indicação ao Oscar, seguida do convite para integrar a Academia, não apenas consolida sua relevância artística, mas também projeta a importância de narrativas brasileiras no cenário global do cinema.