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Diddy escapa de acusações graves, mas pode pegar 20 anos por prostituição

Magnata da música foi inocentado de associação criminosa e tráfico sexual em três das cinco acusações, mas condenado por transporte para prostituição

O júri chegou, nesta quarta-feira (27), a um veredito final no julgamento de Sean “Diddy” Combs, 55 anos. O magnata da indústria da música foi absolvido em três das cinco acusações, incluindo a de associação criminosa, a mais grave, mas foi considerado culpado em dois casos de transporte para fins de prostituição.

O caso ganhou repercussão internacional por envolver acusações de que Diddy teria usado sua fama e fortuna para comandar, ao longo de uma década, uma organização criminosa que explorava mulheres por meio de violência, ameaças e eventos sexuais organizados.

A deliberação absolveu o rapper das acusações de associação criminosa, tráfico sexual de Cassandra Ventura e tráfico sexual de “Jane”, mas o condenou por transporte para prostituição em ambos os casos ligados a essas mulheres. As condenações podem render até 20 anos de prisão.

A acusação sustentava que o artista liderava um esquema com membros de alto escalão que realizavam crimes como distribuição de drogas, sequestro, suborno e manipulação de testemunhas. No entanto, a defesa ressaltou que nenhum integrante dessa suposta rede foi apontado como cúmplice no processo.

Antes de ouvir o veredito, Diddy olhou para a família e sorriu levemente. Ao ser inocentado das acusações mais graves, ajoelhou-se, abaixou a cabeça como se rezasse e bateu palmas em direção à galeria, que respondeu com aplausos.

O advogado de defesa, Marc Agnifilo, afirmou que seu cliente deveria ser solto “sob condições apropriadas” ainda nesta quarta. Já a promotoria, representada por Maurene Comey, se opôs, alegando que o rapper “continuou a cometer crimes” mesmo sob investigação.

Contexto e acusações anteriores a Diddy

A imagem pública de Diddy sofreu forte desgaste desde que sua ex-namorada Cassandra Ventura o processou por agressão sexual e estupro. O caso foi resolvido extrajudicialmente, mas desencadeou outras ações cíveis e criminais.

O julgamento, que durou quase dois meses, ouviu 34 testemunhas e analisou milhares de registros telefônicos, financeiros e e-mails. A defesa argumentou que todas as mulheres envolvidas eram adultas que consentiram em participar dos encontros organizados pelo magnata.

Apesar das absolvições, o futuro de Diddy segue incerto e a sentença pelas condenações ainda será definida pelo tribunal.

José Elias

José Elias Mendes, mais conhecido como Dolfo, já foi reconhecido pelo ranking Top 10 Jornalistas Brasileiros do LinkedIn. Por lá, fala um pouquinho de tudo e está sempre aberto a conversar. Por aqui, atua como repórter para o site do OCorre News.

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