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Coração de titânio: paciente sobrevive mais de 100 dias com dispositivo pela 1ª vez

Australiano de 40 anos viveu 104 dias com o coração artificial BiVACOR antes de receber um transplante humano bem-sucedido. Caso é marco para a medicina cardíaca

Um marco histórico foi registrado na medicina cardiovascular. Um homem australiano na faixa dos 40 anos se tornou o primeiro paciente do mundo a sobreviver mais de 100 dias com um coração artificial de titânio.

O dispositivo, chamado BiVACOR, foi implantado em novembro de 2024, no Hospital St. Vincent’s, em Sydney. O paciente sofria de insuficiência cardíaca avançada e aguardava na fila de transplante.

Como funciona o BiVACOR, coração de titânio

O coração artificial pesa cerca de 650 gramas e substitui completamente os dois ventrículos humanos. Ele utiliza um rotor central suspenso magneticamente, capaz de manter o sangue circulando sem válvulas ou contato mecânico direto.

Isso garante bombeamento contínuo e reduz o risco de falhas estruturais.

Durante o período em que permaneceu com o dispositivo, o paciente ficou internado até fevereiro de 2025, quando recebeu alta, tornando-se a primeira pessoa no mundo a deixar o hospital com um coração artificial deste porte.

Foram 104 dias vivendo com o BiVACOR, até que em março de 2025 surgiu um doador compatível. O transplante de coração humano foi realizado com sucesso, e atualmente o paciente segue em recuperação estável.

Embora o BiVACOR ainda esteja em fase experimental, o caso é considerado um marco para a medicina. Ele reforça o potencial da tecnologia como ponte para o transplante e, no futuro, como alternativa definitiva para casos de falência cardíaca terminal.

O projeto foi criado pelo engenheiro biomédico Daniel Timms, inspirado pela morte de seu pai por doença cardíaca. Hoje, envolve centros de pesquisa na Austrália e nos Estados Unidos, ampliando as perspectivas para pacientes em listas de espera.

O sucesso do caso fortalece o papel da engenharia biomédica em oferecer novas soluções para salvar vidas, especialmente diante da escassez global de doadores.

José Elias

José Elias Mendes, mais conhecido como Dolfo, já foi reconhecido pelo ranking Top 10 Jornalistas Brasileiros do LinkedIn. Por lá, fala um pouquinho de tudo e está sempre aberto a conversar. Por aqui, atua como repórter para o site do OCorre News.

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