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CBF confirma uso do impedimento semiautomático no Brasileirão a partir de 2026

CBF anuncia que o impedimento semiautomático será usado no Brasileirão 2026 com testes previstos ainda para 2025 e tecnologia em avaliação técnica

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializou nesta semana que o sistema de impedimento semiautomático será implementado no Campeonato Brasileiro das Séries A e B a partir de 2026. A inovação foi apresentada aos clubes como parte de um esforço da comissão de arbitragem para modernizar a condução das partidas e reduzir erros críticos de julgamento — especialmente os relacionados a lances milimétricos.

Segundo a entidade, há possibilidade de testes práticos ainda durante a temporada de 2025, em partidas selecionadas e controladas, como forma de validação técnica da nova tecnologia.

O que é o impedimento semiautomático e como funciona?

O sistema de impedimento semiautomático utiliza um conjunto de câmeras de alta velocidade instaladas nos estádios, além de sensores sincronizados com os movimentos dos jogadores e da bola. Diferentemente do modelo atual, que exige o traçado manual de linhas pela equipe do VAR, o novo recurso identifica automaticamente o momento exato do passe e o posicionamento tridimensional dos atletas.

Em segundos, a tecnologia fornece uma análise em 3D do lance e gera uma animação que pode ser exibida ao público, como já ocorre em torneios organizados pela FIFA e UEFA.

A promessa é de decisões mais rápidas, transparentes e com menor margem de erro — especialmente em jogadas em que centímetros fazem toda a diferença.

Por que o Brasileirão precisa dessa atualização?

Nos últimos anos, os erros do VAR em lances de impedimento geraram enorme controvérsia em diversas rodadas do Brasileirão. Diversos clubes, dirigentes e torcedores questionaram a falta de padrão nos critérios, além da lentidão excessiva nas revisões. Em jogos decisivos, os minutos de paralisação geravam desgaste psicológico em campo e desconfiança fora dele.

A adoção do impedimento semiautomático é vista como resposta a essas críticas, além de alinhar o Brasil com as práticas dos principais campeonatos internacionais.

O presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, destacou que “a tecnologia não substitui o árbitro, mas é uma aliada poderosa para decisões mais justas e ágeis”.

Cronograma de testes e desafios da implementação

A previsão da CBF é que o sistema comece a ser testado ainda em 2025, em jogos pontuais da Série A, Série B ou até mesmo nas fases finais da Copa do Brasil. Esses testes terão caráter experimental e não substituirão imediatamente o protocolo atual.

Para isso, será necessário:

  • Adaptação estrutural dos estádios com câmeras e sensores de precisão

  • Capacitação técnica das equipes do VAR e operadores de imagem

  • Integração com os sistemas de transmissão de TV para exibição da animação ao vivo

  • Atualização dos protocolos da arbitragem com base na experiência internacional

A CBF não informou se os custos da implementação serão arcados pela própria entidade ou se os clubes terão participação nos investimentos.

Comparativo com ligas internacionais

A tecnologia já é utilizada com sucesso em competições da FIFA, Champions League, Premier League e Série A italiana, tendo recebido elogios por sua capacidade de reduzir o tempo de revisão e aumentar a confiança nas decisões.

A Copa do Mundo de 2022 foi o primeiro grande torneio global a aplicar o recurso com regularidade — e serviu como vitrine para que outras federações investissem no modelo. A Conmebol também já estuda adotar o sistema em torneios continentais, como a Libertadores.

A reação dos clubes e da torcida

Durante a reunião com a CBF, representantes dos clubes demonstraram apoio unânime à proposta, mas pediram clareza quanto à logística de adaptação. Clubes de menor estrutura técnica temem não conseguir implementar o sistema no mesmo ritmo das grandes equipes.

Nas redes sociais, torcedores dividiram opiniões: muitos celebraram a chegada da inovação, enquanto outros demonstraram desconfiança quanto à transparência dos testes e à possível interferência política nas decisões do VAR.

Um novo capítulo para o futebol brasileiro

A chegada do impedimento semiautomático representa um marco tecnológico para o futebol nacional. Mais do que uma modernização técnica, trata-se de um passo em direção à profissionalização do espetáculo esportivo, alinhando o Brasileirão às melhores práticas mundiais.

Se bem executado, o sistema promete reduzir polêmicas, preservar a autoridade dos árbitros e dar mais confiança aos torcedores — que, ao fim, querem apenas celebrar os lances de seus times com justiça e emoção.

A temporada de 2026, portanto, poderá ser lembrada não só por seus gols e títulos, mas também por ser o ano em que a tecnologia se tornou definitivamente parte da alma do futebol brasileiro.

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