A Puma entrou para a história ao lançar um comercial criado do zero por inteligência artificial (IA), sem qualquer intervenção criativa humana direta.
O projeto foi desenvolvido em parceria com a agência Monks e contou com a utilização de centenas de agentes autônomos para escrever, dirigir e editar a peça publicitária.
Segundo a marca, a produção levou cinco semanas para ser concluída e faz parte de uma colaboração com a NVIDIA, que fornece a tecnologia de IA utilizada no experimento.
O objetivo é testar a eficiência da automação criativa e compará-la com campanhas tradicionais já realizadas pela Puma.
Apesar do caráter inovador, o vídeo ainda apresenta falhas típicas de conteúdos gerados por IA, como distorções anatômicas em movimentos corporais e expressões faciais.
Esses problemas, comuns em ferramentas emergentes, fazem parte do processo de aprimoramento e servem como aprendizado para as próximas fases da tecnologia.
A Monks, responsável pela execução, já utiliza tecnologias semelhantes em projetos para marcas globais como Google, General Motors e BMW, reforçando uma tendência crescente de integrar automação criativa e publicidade digital.
Para o setor, a promessa da inteligência artificial está em acelerar processos, reduzir custos e produzir conteúdo em escala, abrindo espaço para novas formas de experimentação.
Por outro lado, o caso reacende o debate sobre criatividade, originalidade e a necessidade de supervisão humana, já que campanhas publicitárias carregam também elementos subjetivos e culturais difíceis de replicar com precisão por algoritmos.
Com a decisão de testar o vídeo lado a lado com campanhas convencionais, a Puma busca entender se o público aceitará a novidade e se a IA pode realmente se tornar um pilar do futuro da publicidade.