O grupo Hamas divulgou nesta sexta-feira (5) um vídeo com reféns israelenses na Faixa de Gaza, intensificando a pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu. As imagens foram publicadas exatamente quando a guerra entre Israel e Hamas completa 700 dias.
Os dois homens foram reconhecidos como Guy Gilboa Dalal e Alon Ohel, sequestrados durante o ataque de 7 de outubro de 2023. Na ocasião, militantes do Hamas mataram mais de 1.200 pessoas em Israel e levaram mais de 250 reféns.
No início do vídeo, Dalal aparece sozinho dentro de um carro em movimento, passando por áreas com edifícios destruídos. Uma análise da ‘CNN Internacional’ confirmou que o local corresponde à Cidade de Gaza.
“Estou preso na Cidade de Gaza e temo ser morto caso os ataques ao território continuem”, declarou Dalal em hebraico. Na sequência, ele se encontra com Alon Ohel. Os dois se abraçam.
Data e autenticidade
O vídeo inclui a informação de que foi gravado em 28 de agosto de 2025. Contudo, a agência ‘AFP’ informou que não conseguiu verificar a autenticidade das imagens nem a data da gravação.
Ao final, aparece também outro sequestrado, cuja família pediu para que sua identidade não fosse revelada.
Veja fotos do refém israelense Guy Gilboa Dalal antes e depois de ter sido feito refém pelo Hamas:

Histórico de reféns e tréguas
Guy Gilboa Dalal havia sido sequestrado durante o festival de música Nova, no sul de Israel, na manhã de 7 de outubro de 2023. Ele já havia aparecido em fevereiro deste ano em outro vídeo do Hamas, divulgado durante um período de trégua, ao lado de outro refém dentro de um veículo.
Segundo dados oficiais, das 251 pessoas sequestradas em 2023, 47 continuam em cativeiro em Gaza, sendo que 25 já foram declaradas mortas pelo Exército israelense.
O Hamas e a Jihad Islâmica divulgaram diversos vídeos de reféns ao longo do conflito. Na última trégua, entre 19 de janeiro e 17 de março, 33 reféns retornaram a Israel, incluindo oito já falecidos. Em troca, quase 1.800 palestinos detidos foram libertados.
Uma trégua anterior, em novembro de 2023, também resultou na troca de reféns por prisioneiros palestinos.