O caso envolvendo o milionário condenado por crimes sexuais Jeffrey Epstein ganhou novos desdobramentos nesta quarta-feira (23). Segundo o The Wall Street Journal, o Departamento de Justiça dos EUA informou, em maio de 2025, ao presidente Donald Trump que seu nome aparecia nos documentos relacionados ao caso.
De acordo com o jornal, a procuradora-geral Pam Bondi e o vice-procurador se reuniram com Trump na Casa Branca para comunicar que ele era citado nos registros, assim como diversas outras figuras públicas.
Bondi ressaltou que a mera menção não implicava irregularidades e fazia parte de um briefing de rotina, que abordou vários temas.
Fontes ouvidas pelo WSJ afirmam que Bondi explicou que os arquivos continham informações não verificadas sobre várias pessoas, incluindo Trump, que manteve relação próxima com Epstein no passado.
Ela também teria alertado que altos funcionários do Departamento de Justiça se opunham à divulgação dos documentos, por conterem material ilegal de pornografia infantil e dados pessoais das vítimas.
Trump teria concordado em não publicar os arquivos, decisão que só foi anunciada oficialmente em 7 de julho, por meio de um memorando no site do Departamento de Justiça, semanas após a reunião.
A revelação contrasta com declaração recente do presidente, que afirmou que Bondi nunca lhe informou sobre a citação de seu nome.
A medida provocou forte reação de aliados de Trump, que consideram a decisão uma traição política.
Para esse grupo, a divulgação completa dos documentos poderia expor elites globais e figuras do Partido Democrata que tiveram ligação com Epstein. O episódio se tornou a maior crise de imagem de Trump desde o início de sua carreira política.
