O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu indicar o atual advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi confirmada por cinco auxiliares e aliados próximos ao presidente.
Indicação confirmada
A escolha de Messias, que já era cotado como um dos nomes mais próximos de Lula, contraria setores do STF e do Senado, que defendiam outras opções para a Corte. O ministro Barroso, cuja cadeira ficará vaga, antecipou sua aposentadoria aos 67 anos, embora pudesse permanecer no tribunal até os 75.
Segundo interlocutores do governo, o anúncio oficial da indicação deve acontecer nos próximos dias. Após isso, o nome de Messias será submetido à sabatina no Senado, etapa obrigatória para a confirmação de um novo ministro do Supremo.
Perfil de Jorge Messias
Com 45 anos, Jorge Messias é procurador da Fazenda Nacional desde 2007 e atua como ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) desde o início do terceiro mandato de Lula, em janeiro de 2023.
Antes, Messias foi subchefe para Assuntos Jurídicos (SAJ) da Presidência da República durante o governo Dilma Rousseff.
Caso sua indicação seja aprovada, ele poderá permanecer no STF por até 30 anos, conforme as regras atuais de aposentadoria compulsória.
Bastidores da escolha
A nomeação de Messias era fortemente apoiada por lideranças do PT, que viam nele um nome de confiança e alinhado ao presidente.
Com isso, Lula deixou de lado outras possibilidades, como a do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que contava com o apoio dos ministros do Supremo Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
Procurada, a Secretaria de Imprensa do Planalto afirmou que “não comenta sobre indicações do presidente ao STF”.
Após a divulgação da notícia, Jorge Messias negou ter recebido convite oficial. “Não fui convidado para nada. Isso não passa de especulação”, declarou.
Apesar disso, fontes do governo mantêm a informação sobre a decisão presidencial, segundo divulgado pelo ‘Metrópoles’.