O cineasta Carl Erik Rinsch foi preso nesta terça-feira (25) nos Estados Unidos, acusado de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Segundo documentos judiciais, ele teria desviado cerca de R$ 62 milhões repassados pela Netflix para a produção da série Conquest, que teria em seu elenco Bruna Marquezine e Keanu Reeves.
A Netflix havia adquirido os direitos da produção em 2020, em um contrato avaliado em aproximadamente US$ 44 milhões. No entanto, o projeto nunca foi concluído e não apresentou avanços significativos.
De acordo com as investigações, Rinsch utilizou parte dos recursos em investimentos de alto risco, como ações e criptomoedas.
Embora tenha obtido alguns ganhos iniciais, os resultados não foram suficientes para justificar a aplicação irregular dos valores.
Além disso, o diretor teria destinado milhões de dólares a compras de luxo, incluindo cinco carros Rolls-Royce, uma Ferrari, relógios de grife, móveis antigos e até mesmo despesas relacionadas ao seu divórcio.
Com os atrasos sucessivos e a ausência de entregas, a Netflix encerrou o contrato com o cineasta. A movimentação suspeita dos recursos levou o caso às autoridades americanas, que passaram a investigar as contas de Rinsch.
Atualmente, ele responde a acusações formais que podem resultar em até 90 anos de prisão, caso seja condenado.
O caso reacende o debate sobre a necessidade de supervisão mais rigorosa em produções financiadas por plataformas de streaming, que movimentam cifras milionárias e envolvem grandes nomes do entretenimento.