As trends do TikTok, e de outras redes sociais, se consolidaram como um dos fenômenos mais marcantes da internet atual. De coreografias a produtos virais, esses conteúdos movimentam milhões de visualizações em pouco tempo. Mas a questão central permanece: o apelo dessas tendências é fruto de uma estratégia de marketing bem calculada ou há também um apelo emocional que prende a atenção dos usuários?
Para responder a essa pergunta, a repórter Isa Brittis foi às ruas ouvir diferentes pontos de vista sobre a forma como o público enxerga essas dinâmicas digitais tão presentes na sociedade atual.
Assista ao conteúdo completo no vídeo acima!
O que pensam os usuários
As opiniões mostraram-se diversas. Alguns acreditam que o apelo visual serve para manter perfis em evidência, enquanto outros enxergam nas trends uma tentativa de “enfiar goela abaixo” determinados conteúdos.
Houve quem considerasse o processo uma mistura das duas coisas: “É uma combinação dos dois”, resumiu um entrevistado, destacando que o modo de produção dentro das plataformas muitas vezes exige esse enquadramento.
Outro ponto recorrente foi a discussão sobre autenticidade. “Você precisa se enquadrar ou você não vai viralizar”, disse uma das pessoas ouvidas. Já outro participante foi direto: “Ninguém é 100% autêntico, todo mundo se copia!”.
Busca por aprovação e criatividade em xeque
Para alguns, a repetição de formatos acaba resultando em falta de criatividade e pode levar os usuários a “se perderem um pouco”, acreditando que gostam de algo quando, na verdade, estão apenas sendo influenciados.
A necessidade de aprovação também foi mencionada com frequência. “As pessoas querem aprovação”, afirmou um entrevistado.

Especialistas explicam o mecanismo por trás das trends
Segundo especialistas, o alcance das trends vai muito além do aspecto visual. Os algoritmos das plataformas utilizam técnicas que manipulam e intensificam sentimentos como inveja, frustração, ansiedade e medo, mantendo o usuário engajado por mais tempo.
Além disso, criadores de conteúdo recorrem a gatilhos psicológicos, como indignação ou empatia, para expandir o alcance de seus vídeos. Embora eficientes para viralizar, essas práticas podem gerar impactos na saúde mental, incluindo depressão, baixa autoestima e até dependência digital.
Outro risco apontado é que o mesmo mecanismo de amplificação contribui para a disseminação de desinformação e para o aumento da polarização nas redes sociais.
Entre emoção e estratégia
O debate sobre as trends do TikTok revela como o ambiente digital mescla autenticidade, estratégia e emoção. Seja para atrair aprovação social, seguir um padrão ou simplesmente buscar uma sensação momentânea, as tendências seguem moldando hábitos de consumo, entretenimento e até comportamentos.