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Roblox é processado por falhas na proteção contra exploração infantil

Procuradora-geral dos EUA alerta que plataforma popular entre crianças seria “ambiente propício para predadores sexuais”

Roblox, uma das plataformas de jogos online mais populares entre crianças e adolescentes, está no centro de uma nova polêmica nos Estados Unidos. A procuradora-geral Liz Murrill entrou com uma ação judicial contra a empresa, alegando que o ambiente virtual não possui medidas eficazes de proteção contra exploração infantil.

Nas redes sociais, Murrill afirmou que o Roblox é um “ambiente propício para predadores sexuais” e fez um apelo aos pais: “fiquem atentos à atividade de seus filhos on-line”.

A discussão também ganhou repercussão no Brasil após denúncias recentes do youtuber Felca, que chamou atenção para a “adultização” de crianças nas redes sociais e os riscos associados.

O que é Roblox?

Criado em 2006 por David Baszucki e Erick Cassel, o Roblox se consolidou como fenômeno global a partir de 2020, durante a pandemia de Covid-19.

Ao contrário do que muitos acreditam, o Roblox não é um único jogo, mas sim uma plataforma de games e criação, onde usuários podem desenvolver e jogar experiências criadas por outros jogadores.

  • Acesso: disponível em computadores, celulares e Xbox One;

  • Público: não exige idade mínima, atraindo sobretudo crianças e adolescentes;

  • Popularidade: segundo levantamento da Takeaway Reality (2025), 39% dos usuários têm menos de 13 anos;

  • Alcance: são 88,9 milhões de usuários ativos diários, jogando ou criando conteúdos.

Embora gratuito, o Roblox movimenta uma economia própria. Os jogadores utilizam a moeda virtual Robux para comprar roupas, itens de personalização e até lucrar com a venda de conteúdos criados dentro da plataforma.

Veja uma foto do Robux, a moeda virtual do Roblox:

Robux - Roblox
Foto: Divulgação/Roblox

Processos e polêmicas anteriores

Esta não é a primeira vez que o Roblox enfrenta ações na Justiça.

  • 2022: processo nos EUA acusou a plataforma de facilitar a exploração sexual e financeira de uma menor na Califórnia;

  • 2023: a empresa reforçou regras de mensagens e conteúdos para contas de crianças;

  • 2024: investigação da ‘Repórter Brasil’ revelou que menores eram pagos em Robux para atuar como desenvolvedores de jogos, levantando suspeitas de trabalho infantil. O caso levou o Ministério Público do Trabalho em São Paulo a abrir investigação.

Roblox segue em destaque

Apesar das controvérsias, o Roblox mantém seu posto como uma das plataformas digitais mais utilizadas no mundo por crianças e adolescentes. A nova ação judicial nos EUA reacende o debate sobre os limites e responsabilidades das empresas de tecnologia na proteção de menores em ambientes virtuais.

Maysa Vilela

Jornalista curiosa por natureza, com mais de 10 anos de estrada, movida por conexões fortes, viagens e boas histórias. Acredita que ouvir é o primeiro passo pra escrever com propósito. No Ocorre News, segue conectando pessoas através das palavras.

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