O rapper Mauro Davi Nepomuceno, conhecido como Oruam, se entregou à polícia na noite desta terça-feira (22). Ele chegou à Cidade da Polícia, no Jacarezinho, por volta das 18h, acompanhado da noiva, da mãe e de advogados.
Após prestar depoimento, foi transferido para o presídio de Benfica por volta das 20h30.
A prisão foi decretada após uma confusão com agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que cumpriam mandado de busca e apreensão contra um adolescente acusado de atuar como segurança de um chefe do Comando Vermelho. Segundo a polícia, o jovem estaria escondido na casa do cantor, no Joá, Zona Oeste do Rio.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), Oruam responderá por resistência qualificada, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.
A decisão judicial aponta indícios de ligação orgânica com a facção criminosa, citando o uso da residência do cantor para abrigar foragidos.
Oruam nega os crimes. Em nota, afirmou ter sido vítima de abuso de autoridade e que só reagiu após ser ameaçado com armas de fogo. Disse ainda que policiais destruíram pertences dele e da noiva.
O artista é filho de Marcinho VP, líder histórico do Comando Vermelho preso desde 1996. A ligação com o pai é parte de sua imagem pública e já motivou polêmicas.
Além da carreira musical de sucesso, Oruam acumula episódios recentes de prisão e acusações por associação ao tráfico e direção perigosa.
O adolescente alvo da operação se entregou à polícia horas antes da captura do cantor. As investigações seguem em andamento.