A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, está sendo alvo de perseguição desde fevereiro deste ano, segundo revelou o jornal O Globo.
A empresária registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil de São Paulo e, por meio de sua defesa, reforçou o pedido de prisão do autor, com possibilidade de internação provisória.
O processo segue em análise e um novo julgamento do caso é aguardado. A defesa argumenta que o suspeito descumpriu ao menos nove medidas protetivas.
Perseguidor de Leila Pereira teria transtornos psiquiátricos
De acordo com documentos obtidos pelo Ministério Público de São Paulo, o stalker seria um homem de 40 anos, morador de Guarulhos, com diagnóstico de esquizofrenia de difícil controle, além de ideias persecutórias, fobia social e surtos esporádicos.
Leila relatou às autoridades que passou a receber mensagens de SMS reiteradas diretamente em seu celular, com conteúdo considerado “perturbador” pela defesa.
Em um dos episódios mais graves, o homem teria feito um pedido de empréstimo em nome da empresária, que também é sócia da financeira Crefisa.
Com base na escalada de episódios registrados, a defesa da presidente do Palmeiras argumenta que não se trata de um caso isolado, mas de um comportamento persistente e crescente, com impactos significativos sobre sua saúde mental e segurança pessoal.
A ausência de resposta efetiva por parte do sistema de justiça, segundo os advogados, reforça o sentimento de impunidade e alimenta a reincidência do agressor.
Além do temor individual, o caso levanta discussões sobre a fragilidade da proteção a mulheres públicas no Brasil, especialmente quando ocupam espaços de liderança e poder.
Leila, que já foi alvo de ataques misóginos em outras ocasiões por sua atuação no futebol, vê-se agora diante de uma ameaça concreta que ultrapassa o discurso e avança sobre sua vida privada.
Especialistas ouvidos por veículos da imprensa apontam que a morosidade judicial em casos de stalking com laudo psiquiátrico contribui para um vácuo perigoso entre o diagnóstico do agressor e a efetiva proteção da vítima. Enquanto se discute a interdição, a perseguição segue ativa e os riscos, iminentes.
A defesa ainda destaca que a saúde mental do investigado não pode servir como escudo absoluto para a ausência de responsabilização, especialmente quando já há histórico documentado de desobediência a medidas judiciais.
O pedido de prisão preventiva é, segundo a petição, “a única medida capaz de conter a conduta lesiva e garantir a tranquilidade da vítima”.