O governo de Israel e o grupo Hamas iniciaram nesta segunda-feira (13) a troca de reféns israelenses e palestinos detidos, em um movimento descrito como parte de um plano liderado pelos Estados Unidos para promover estabilidade na região de Gaza.
Durante uma declaração oficial, o presidente norte-americano Donald Trump classificou o momento como um marco na história do Oriente Médio.
“Este é o amanhecer histórico de um novo Oriente Médio”, afirmou.
“As forças do terror foram derrotadas”, diz Trump
Em seu discurso, Trump destacou que o acordo representa o fim de um ciclo de violência que assola o Oriente Médio há décadas.
“Em todo o Oriente Médio, as forças do caos, do terror e da ruína que assolam a região há décadas estão agora enfraquecidas, isoladas e totalmente derrotadas”, declarou.
O presidente também ressaltou que “uma nova coalizão de nações orgulhosas e responsáveis está emergindo”.
Expansão dos Acordos de Abraão
Trump demonstrou interesse em ampliar os Acordos de Abraão, firmados durante sua administração, que normalizaram as relações diplomáticas entre Israel e países árabes como Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos.
Segundo o republicano, o novo entendimento com o Hamas pode ser um passo decisivo para reduzir as inimizades regionais e impulsionar a paz.
“O acordo alcançado com o Hamas deve criar um momento estimulante para acabar com as inimizades regionais que persistem há décadas”, acrescentou.
Perspectivas para a paz regional
Analistas apontam que a troca de reféns pode representar um avanço simbólico, mas que a consolidação da paz ainda depende de negociações complexas entre as partes envolvidas.
O governo dos EUA, por sua vez, reforça o compromisso de atuar como mediador para garantir estabilidade duradoura e cooperação política entre as nações do Oriente Médio.
Confira a fala de Donald Trump:
‘Plano de Paz’ de Trump para Gaza é criticado nas redes sociais
O ‘Plano de Paz’ anunciado por Donald Trump para o fim dos conflitos em Gaza tem gerado bastante repercussão nas redes sociais.
“Isso que foi apresentado pelo Netanyahu e pelo Trump na casa branca não é um acordo de paz e muito menos de cessar fogo. Trata-se de um acordo de rendição apresentado pelos EUA que ou o Hamas aceita ou Israel tem carta branca para finalizar a população de Gaza”, disse Biazita Gomes.
“Trump se reuniu com Netanyahu e anunciou ‘Plano de Paz’ em Gaza. Resumo: palestinos entregam o território, os reféns, as armas, pedem desculpas e agradecem por Israel não pedir indenização. Em troca Israel promete deixar entrar comida e não destruir o pouco que sobrou de Gaza”, declarou Pedro Ronchi no ‘X’.
“O ‘plano de paz’ de Trump para Gaza prevê um ‘Conselho da Paz’ liderado por Trump e que incluirá o ex-premier britânico e atual lobista Tony Blair. É uma exigência de rendição às potências coloniais. Trump virou o maior ‘amigo de Israel’, diz Netanyahu”, comentou Guga Noblat.