O cinema brasileiro fez história no Oscar 2025. O filme ‘Ainda Estou Aqui’, dirigido por Walter Salles, venceu o prêmio de Melhor Filme Internacional, marcando a primeira conquista do Brasil nessa categoria.
A produção também foi indicada a Melhor Filme e Melhor Atriz, consolidando um feito inédito na trajetória do país na premiação.
Baseado na história real de Eunice Paiva, o longa retrata a jornada de uma mulher que enfrenta a dor e a repressão durante a ditadura militar.
Eunice, interpretada por Fernanda Torres, busca respostas após o desaparecimento do marido, Rubens Paiva, papel vivido por Selton Mello.
O roteiro é inspirado no livro homônimo escrito por sua filha, a historiadora Eunice Paiva Vieira, e aborda temas como memória, resistência e justiça.
O filme teve estreia mundial no Festival de Veneza, onde foi aplaudido por dez minutos e premiado como Melhor Roteiro.
Desde então, “Ainda Estou Aqui” passou a ser apontado como um dos grandes favoritos da temporada de premiações, elogiado pela crítica internacional pela sensibilidade e força política.
Durante a cerimônia do Oscar, Walter Salles fez um discurso emocionado ao receber a estatueta:
“Obrigado, primeiramente, em nome do cinema brasileiro. Estou muito honrado de receber isso entre um grupo de cineastas extraordinários. Este prêmio vai para uma mulher que, após uma perda sofrida durante um regime autoritário, decidiu não se dobrar, mas resistir. Seu nome é Eunice Paiva. E também vai para as duas mulheres extraordinárias que lhe deram a vida — Fernanda Torres e Fernanda Montenegro.”
O diretor dedicou a vitória ao cinema nacional e às mulheres que inspiraram e deram vida à personagem. A conquista foi celebrada por artistas, críticos e autoridades brasileiras como um marco histórico para o audiovisual do país.
Com “Ainda Estou Aqui”, o Brasil se firma de vez no circuito internacional de cinema, mostrando que a força das narrativas nacionais e da memória histórica pode emocionar o mundo inteiro.