A Prada está em negociações avançadas para adquirir a Versace, uma das marcas mais icônicas da moda italiana, atualmente controlada pela Capri Holdings.
O acordo, avaliado em cerca de €1,5 bilhão, pode marcar uma das maiores movimentações do mercado de luxo nos últimos anos.
A Versace foi comprada pela Capri Holdings em 2018 por aproximadamente US$ 2,1 bilhões. Desde então, a marca vem enfrentando queda nas receitas e desafios de reposicionamento.
Apenas no último trimestre de 2024, o grupo registrou uma redução de 15% no faturamento, refletindo as dificuldades de adaptação às novas dinâmicas do setor de moda premium.
A aquisição pela Prada seria estratégica para fortalecer sua presença global e criar um portfólio mais diversificado diante de concorrentes poderosos como LVMH (dona da Louis Vuitton e Dior) e Kering (controladora da Gucci e Balenciaga).
Analistas destacam que a união das duas marcas poderia combinar o minimalismo e a sofisticação da Prada com a estética vibrante e teatral da Versace, criando uma nova potência do design italiano.
Fontes próximas à negociação afirmam que o futuro de Donatella Versace, diretora criativa desde 1997, ainda está sendo discutido. Donatella é considerada o rosto e a alma da marca, e sua permanência pode ser determinante para a transição da identidade criativa da grife.
Caso o acordo seja concretizado, a Prada passará a integrar uma das maiores estruturas de luxo independentes da Europa, reforçando seu posicionamento frente aos conglomerados franceses.
A operação também representa um raro movimento de consolidação entre casas italianas, algo que o mercado vê como uma resposta ao domínio dos grupos internacionais.
O mercado de luxo global acompanha atentamente a negociação, que pode ser concluída nas próximas semanas.
Especialistas acreditam que a fusão não apenas reorganizará o mapa competitivo do setor, mas também poderá inspirar novas parcerias e aquisições em um segmento cada vez mais movido por estratégia e exclusividade.