Marcelo Nascimento da Rocha, conhecido nacionalmente como Marcelo VIP, morreu nesta terça-feira (9), aos 49 anos, em Curitiba.
Apontado como um dos maiores golpistas do Brasil, ele ficou famoso por uma série de fraudes que marcaram sua trajetória e inspiraram produções audiovisuais. A causa da morte não foi informada.
Nos últimos anos, Marcelo atuava como palestrante e escritor, após cumprir período de detenção na Penitenciária Central do Estado (PCE), no Paraná.
O golpe que o tornou famoso
A notoriedade de Marcelo VIP ganhou força em 2001, quando ele aplicou um dos golpes mais comentados do país.
Durante uma festa no Recife, apresentou-se como Henrique Constantino, um dos fundadores da Gol Linhas Aéreas, concedendo entrevistas a programas de celebridades como se fosse o próprio empresário.
O episódio repercutiu nacionalmente e colocou Marcelo no centro das discussões sobre segurança, estelionato e falsidade ideológica.
Trajetória marcada por prisões e fugas
A vida do golpista inclui uma longa lista de crimes e condenações, entre eles associação ao tráfico, roubo de avião, estelionato e falsidade ideológica.
Marcelo acumulou ao menos doze prisões e protagonizou seis fugas ao longo de décadas.
Enquanto o filme sobre sua história era rodado, ele permanecia preso na PCE, onde ficou por quatro anos.
Em 2014, obteve progressão de regime, mas, como não havia vagas no semiaberto, passou a cumprir pena em casa, monitorado por tornozeleira eletrônica.
O alívio durou pouco: em 2018, foi novamente detido, acusado de falsificar documentos para obter nova progressão.
Após deixar a cadeia definitivamente, buscou reconstruir sua imagem no mercado de palestras e na literatura.




