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Haddad critica sanções dos EUA contra Moraes: “não é bom para a democracia”

Ministro da Fazenda defende instituições brasileiras e afirma que ataques enfraquecem o país

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou nesta quinta-feira (31) a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por parte dos Estados Unidos.

Segundo ele, a medida representa um retrocesso nas relações bilaterais. “A perseguição a Moraes não é um bom caminho de aproximação entre os dois países”, declarou.

Haddad falou com jornalistas na entrada do Ministério da Fazenda, em Brasília, e reforçou que este não é o momento para conflitos internacionais.

“Queremos que levem em consideração que somos uma democracia, temos nossas instituições, que são livres. Todos os ministros foram sabatinados e aprovados por um outro poder”, disse.

Para o ministro, o Brasil é uma das democracias mais consolidadas do mundo, mas enfrenta ameaças internas.

“Quando você tem uma força interna trabalhando contra os interesses do país, isso fragiliza o Brasil — e não está acontecendo em nenhum outro lugar do mundo, só aqui. As pessoas precisam compreender que isso fragiliza a posição do país. Isso não é bom nem para a democracia nem para a soberania”, concluiu.

Moraes sob sanções

Alexandre de Moraes passou a ser alvo de sanções internacionais na quarta-feira (30), após decisão do governo dos Estados Unidos com base na Lei Global Magnitsky.

O magistrado é acusado por parlamentares e empresas americanas de promover censura por meio de decisões judiciais, com impacto direto sobre plataformas e usuários localizados nos EUA.

Desde fevereiro, Moraes é alvo de ações na Justiça da Flórida movidas pela plataforma Rumble e pela Trump Media, que o acusam de desrespeitar leis norte-americanas ao determinar o bloqueio de perfis e conteúdos hospedados no país.

Em 14 de julho, as empresas apresentaram nova petição contestando a remoção de postagens relacionadas a um comentarista conservador.

No dia 21 de maio, o senador Marco Rubio, então secretário de Estado, havia indicado a “grande possibilidade” de sanções contra o ministro do STF.

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